O ano de 2022 marcou uma espécie de retomada da vida – não ao normal –, mas da vida mais parecida com como lembrávamos dela antes da pandemia deixar tudo de cabeça pra baixo, atingindo inclusive o Mercado do vinho brasileiro.
No mercado Brasileiro houveram muitas retomadas importantes: especialmente daquela em busca dos atributos do que servimos em nossas taças. Da qualidade do produto frente o volume.
De 2010 a 2021 o Brasil dobrou o número de consumidores de vinhos – 22 milhões de apreciadores em 2010 para 39 milhões em 2020, segundo dados da Wine Inteligence. E o que o isolamento social mostrou foi que um bom vinho pode aproximar nossos corações, mesmo que distantes fisicamente.
Para 2022, o maior desafio dos rótulos verde-amarelos é continuar o trabalho para que o consumo permaneça em ascensão. Portanto, garantir que este lugarzinho ao sol, ao lado do consumidor brasileiro, se mantenha.
Outra característica, lembrada pela diretora da Associação Brasileira de Sommeliers, Andreia Milan, e que vem se consolidando dentre os consumidores brasileiros – muito importante, por sinal –, é a diminuição do consumo em volume frente a uma procura pela qualidade. Os novos apreciadores da bebida de Baco sabem do que gostam e querem compartilhar essa experiência.
Vinhos ‘instagramáveis’ são uma tendência, levando consigo formatos portáteis, “ready to drink”, em lata, dose única e com baixo teor alcoólico.
E com toda essa troca de informações, é muito mais comum vermos um vinho sendo vendido com fichas técnicas completas, informações, experiências, vídeos. Rastreabilidade dos produtos também já é obrigatório por lei e o novo consumidor, principalmente o jovem, se importa com essas questões.
O mercado do vinho brasileiro não deseja mais ficar na sobra de outras bebidas ou rótulos importados. É hora de pegar aquele bronze e garantir o seu lugar ao sol e na taça dos consumidores.