Vinícolas

A disruptiva UVVA. Conheça a vinícola que fez da Chapada Diamantina seu terroir

Um solo completamente novo para o mundo do vinho, conheça a Vinícola UVVA. Mais de 80km de extensão de serra que cria um microclima único. Uma vinícola nova que chega para gravar seu nome na história da vitivinicultura brasileira.

Estamos falando da Vinícola UVVA, um empreendimento localizado na região de Mucugê, em meio à Chapada Diamantina, no interior da Bahia. Com uma herança socioeconômica e cultural ligada à tradição do garimpo de diamantes, a UVVA resolveu extrair outro tipo de joia do solo franco argiloso arenoso da região.

E essa joia cabe perfeitamente em taças! São vinhos complexos graças ao terroir inédito que conta com, além do solo, que permite uma excelente drenagem, propiciando um perfeito desenvolvimento das raízes; uma das maiores altitudes do Nordeste Brasileiro – 1.150 metros acima do mar.

O clima singular da UVVA conta ainda com mais de 80km de extensão da Serra do Sincorá, que protege os vinhedos da umidade excessiva, criando um microclima único. Resumindo, um terroir único no planeta!

Toda essa riqueza, beleza e história dão origem à UVVA, um projeto com vinhos que expressam a autenticidade local, com rótulos elegantes, equilibrados e com excelente complexidade aromática.

Um marco para o vinho brasileiro

A Vinícola UVVA foi lançada oficialmente em setembro de 2020 e imprimiu um marco na história da Chapada Diamantina – e por que não dizer, para o Brasil, ao apresentar a proposta inédita de produzir vinhos finos em um território totalmente fora do eixo de regiões viníferas tradicionais.

Assim, o que era improvável tornou-se realidade após uma trajetória iniciada 10 anos antes, que exigiu pesquisa cuidadosa e trabalho intenso. Dessa forma, o projeto, que leva a assinatura da família Borré, tem o empreendedorismo em seu DNA desde que fincou raízes na cidade de Mucugê, em 1984. Ou seja, fazer vinhos onde ninguém jamais havia feito foi mais um desafio encarado com visão estratégica e determinação.

Dupla poda e vinhos de inverno

Na UVVA as videiras recebem a técnica da dupla poda, também conhecida como poda invertida. Ou seja, em janeiro, a poda de produção prepara o vinhedo para a colheita entre maio e julho. Nessa época, a região tem a colaboração especial da natureza, que apresenta menor incidência de chuva e maior amplitude térmica, garantindo uma alternância entre dias ensolarados e noites frias. Ao passo que agosto é o mês em que os vinhedos ficam em repouso. Já em setembro acontece a segunda fase da poda, a de formação.

Com esses ciclos, a UVVA alcança uma sintonia que garante aos vinhos complexidade aromática, taninos mais aveludados e um bom equilíbrio entre álcool, acidez e estrutura.

Enquanto a poda de produção é realizada no auge do verão, a colheita acontece entre os meses de maio e julho, quando o clima da região da Chapada Diamantina encontra-se mais seco e, portanto, mais favorável. Ao longo desse intervalo, que atravessa quase todo o inverno, são colhidas primeiro as variedades de uva mais precoces e, na sequência, as que possuem ciclos produtivos mais longos.

Assim, todas carregam a essência do terroir regional. A UVVA cultiva variedades que vão desde a Sauvignon Blanc e Pinot Noir, passando por Chardonnay, Carbernet Franc, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot, Merlot, Shiraz e Malbec.

Uma experiência exclusiva – e brasileira

A UVVA proporciona arquitetura contemporânea e sustentável, integrada ao meio ambiente. O enoturismo por lá conta com uma região mundialmente conhecida por sua vegetação exuberante de espécies nativas, por seus atrativos ligados ao ecoturismo, cachoeiras, trilhas e piscinas naturais.

Já os 52 hectares de vinhedos abrigam parcelas com diferentes formatos, dessa forma, os mantêm integradas em uma estrutura de pivô. O design circular também guarda tesouros para os visitantes.

Igualmente com design contemporâneo e a sustentabilidade como pontos fortes, a construção da vinícola tem mais de 5 mil m² e quatro pisos. O pavimento turístico tem vista panorâmica do vinhedo e abriga loja e varanda gourmet. Nos demais, estão os laboratórios, salas de curso e área de produção. No subsolo está a cave, onde os vinhos estagiam em barricas e é possível ver de perto o solo da Chapada Diamantina.